domingo, 2 de agosto de 2015

De quem são os meninos de rua? Vanguardas europeias e Pré-modernismo.

Leia o texto abaixo

Texto 01

DE QUEM SÃO OS MENINOS DE RUA?

           Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha. Certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora. Talvez não fosse um Menino De Família, mas também não era um Menino De Rua. É assim que a gente divide. Menino De Família é aquele bem-vestido com tênis da moda e camiseta de marca, que usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão.
           Ouvindo essas expressões tem-se a impressão de que as coisas se passam muito naturalmente, uns nascendo De Família, outros nascendo De Rua. Como se a rua, e não uma família, não um pai e uma mãe, ou mesmo apenas uma mãe os tivesse gerado, sendo eles filhos diretos dos paralelepípedos e das calçadas, diferentes, portanto, das outras crianças, e excluídos das preocupações que temos com elas. É por isso, talvez, que, se vemos uma criança bem-vestida chorando sozinha num shopping center ou num supermercado, logo nos acercamos protetores, perguntando se está perdida, ou precisando de alguma coisa. Mas se vemos uma criança maltrapilha chorando num sinal com uma caixa de chicletes na mão, engrenamos a primeira no carro e nos afastamos pensando vagamente no seu abandono.
           Na verdade, não existem meninos De Rua. Existem meninos NA rua. E toda vez que um menino está NA rua é porque alguém o botou lá.
[...]    (COLASSANTI, Marina. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2002.)
Disponível em: http://portal.ifrn.edu.br/ensino/processos-seletivos/tecnico...
 Acesso: 19/05/2012.

1. De acordo com o texto 1, assinale os itens corretos:   Em relação ao gênero textual, esse texto é(0,5)
A) uma crônica 
B) um conto     
C) uma notícia 
D) uma reportagem.

2. O texto foi escrito em: (0,5)
A) 1ª pessoa do plural  
B) 1ª  pessoa do singular.   
C) 3ª pessoa do plural
D) 3ª  pessoa do singular.

3. O texto estabelece diferença entre  meninos   De rua e Na rua. Essa diferença deve-se, principalmente, aos aspectos: (0,5)
A) geográficos  
B) sociais                  
C)religiosos         
D) culturais

4. O fato que desencadeou o texto foi: (0,5)
A) uma criança chorando em um shopping center.
B) um menino que estava sentado em uma calçada, vendendo chiclete e chorando.
C) um menino maltrapilho pedindo esmola.
D) o menino que tocou no braço da narradora para pergunta-lhe as horas.

5. Nos períodos: [...] logo nos acercamos protetores, perguntando se está perdida, ou precisando de alguma coisa. Mas se vemos uma criança maltrapilha chorando num sinal com uma caixa de chicletes na mão, engrenamos a primeira no carro e nos afastamos pensando vagamente no seu abandono. , Os termos grifados estabelecem relação de: (0,5)
A) conclusão, adição, alternãncia e oposição.    
B) oposição, adição,alternância e conclusão.
C) adição, conclusão, alternância, oposição. 
D) conclusão, alternância, oposição e adição.


6. Responda: (2,0)

A)  No texto há uma diferença entre menino De rua e menino Na rua. Quais são, segundo o texto, as características de cada menino?
B) De  acordo com o texto, quando ouve-se menino De rua  e menino Na rua, têm-se a impressão quê?
C) De acordo com o texto, agimos diferente quando vemos uma criança chorando em um shopping e num sinal. Que atitudes temos em relação à criança do shopping e a do sinal? Por que isso acontece?
D)  No final do texto há uma afirmação:  Na verdade, não existem meninos De Rua. Existem meninos NA rua. E toda vez que um menino está NA rua é porque alguém o botou lá. Quem o botou lá?
Leia o texto abaixo

Texto 2.


 
 7.  Após ler os textos 1 e 2 , assinale os itens corretos: (0,5)

A) os textos abordam o mesmo tema, mas apresentam-no através de gêneros diferentes.
B) mãe e filho atribuem o mesmo significado a expressão “perigoso”.
C) mãe e narradora agem da mesma forma em relação ao” menino de rua”.
D) a criança é  sensível em relação ao problema do menino de rua e a mãe, não.

8. Escreva um parágrafo dissertativo no qual você aborde o tema tratado nos dois textos. (2,0)

09.  Preencha as lacunas, sobre o Pré-modernismo, com uma das expressões ou datas abaixo. (1,4)

Lima Barreto, 1902, Semana de Arte Moderna, 1922,  Brasil real, Jeca Tatu, Augusto dos Anjos, Os sertões, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato,  Policarpo Quaresma, a terra, o homem e a luta.


A.  O Pré-modernismo é entendido como o período  entre __________ e_________ no qual são apresentadas obras literárias que procuram apresentar o retrato do________________________________.

B. O período que corresponde ao Pré-modernismo está compreendido entre a publicação de___________________________ e o início da ____________________________________________.

C. ___________________________ apresenta a imagem do caboclo através da figura de _____________________________. Foi um escritor polêmico, mas preocupou-se com a educação do país:   “ um país se faz com homens e com livros.”

D. Apresentou em sua produção literária uma visão sobre o suburbio carioca____________________________________. Criou o personagem _________________________
Através do qual apresenta uma visão pessimista do Brasil e de seus representantes políticos.

E.  _____________________ foram  escritos  por______________________,em 1902, narrando a guerra de Canudos. Essa obra foi dividida em: ___________________________,_______________________ e a luta.

F.  ____________________________ escritor pouco aceito pela crítica, no início do século XX, por apresentar o homem apenas como matéria que irá se decompor  e alimentar os vermes.

10. As  vanguardas europeias produziram uma transformação nas artes e na maneira de ver o mundo. A quais  movimentos  de vanguarada poderíamos associar o poema de Augusto dos Anjos e a imagem de A família de retirantes? Por quê?
Lembrete: Movimentos de Vanguarda: Futurismo, Cubismo, Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo. (1,6)



                O morcego
         
             Augusto dos anjos

Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.                                        
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.

"Vou mandar levantar outra parede..."
- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!

Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh’alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!

A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!



A família de retirantes – Cândido Portinari.







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