A leitura, nas séries iniciais, sempre se voltou para tratar do imaginário coletivo infantil, buscando trazer para os livros alguns sonhos e desafios que pequenos heróis viviam. Basta lembrarmos as peripécias de João e Maria, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho... Esses desafios, vividos pelos heróis, eram levados às crianças e estas começavam a aprender como se defender sozinhas, não desobedecer etc.
Na linha de leitura infantil , O Governo do Estado do Ceará vem selecionando obras produzida por escritores cearenses, para o Programa Alfabetização na Idade Certa. Essa ação traz a vantagem de abordar temas locais, além de revelar talentos cearenses. Essas obras trazem personagens infantis ou animais, vivendo situações difíceis, mas que com ideias simples e pensadas coletivamente são superadas. Não há uma ideia de foram felizes para sempre, mas há uma aprendizagem para que as crianças tornem-se agentes protagonistas de suas próprias vidas, quem sabe se tornarão adultos mais conscientes. Li parte da coleção 2012 e fiquei fascinada com a sensibilidade e leveza com que são abordados temas como BULLING, diversidade etc.
EM QUERO MEU CABELO ASSIM, há uma história afro-brasileira, pois o personagem é neto de ex-escravo que vivia em Redenção, muda-se para Canoa Quebrada, pois é perto do mar, e o mar para ele o aproxima da África..., mas a história não é dele, é do neto. O neto é quem sofre a falta de conhecimento cultural dos coleguinhas e de si próprio, pois eles não entendem a diferença entre o cabelo deles e de João. Até mesmo João não gosta do próprio cabelo, vive se olhando no espelho, mas não gosta do que vê. Um dia, após ser humilhado na escola pelos colegas, chega chorando a casa e sua mãe conta um pouco da história de seu povo: povo forte, bonito que veio de longe; faz um penteado no filho. No dia seguinte, na escola, todos acham o cabelo dele lindo. Disso surge uma pesquisa sobre os tipos de penteados e todos ficam felizes.
Hoje está comum o tal do BULLING na escola o qual faz vítimas... pais pedem mais rigor da escola, acusam-na de negligente... Onde estão as leis?! Coisas do gênero são bem comuns quando há notícias de violência na escola. Por que não dá uma lida em obras sensíveis e vê como pais, educandos e educadores podem trabalhar juntos para formar cidadão, não delinquentes.
Tenho medo de ver crianças com seis, sete, oito anos... que praticam BULLING já sendo tratados como delinquentes. Que tal dar-lhes oportunidade de aprender a apreciar as diferenças, valorizar as informações culturais e acima de tudo tratar a vítima que prática BULLING...
Se a mãe tivesse procurado a escola, as crianças recebido castigo... mudaria alguma coisa? Foi a ação da mãe, da professora, das crianças que tornou um BULLING em uma matéria de aprendizagem.
1. De acordo com o texto, responda:
A. Qual o título do livro?
B. De quem é o texto?
C. De quem é a ilustração?
D. O livro pertence a qual coleção?
E. A leitura, nas séries iniciais, voltou-se para que?
F. Quais obras da literatura infantil aparecem citadas?
G. O que a coleção Programa de Alfabetização na Idade Certa traz?
H. Que temas são abordados na coleção?
2. Leia a síntese da obra: Quero Meu Cabelo Assim e retire as passagens que você considera mais importantes.
3. Você sabe o que é BULLING? Converse com seus colegas sobre BULLING.
4. A mãe, a professora e as crianças encontraram uma solução para combater o BULLING. O que você achou da atitude delas?
5. Pense em uma situação de BULLING que você viveu ou viu alguém viver e explique como você se sentiu.
6. Crie SLOGAN para combater o BULLING.
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