Texto 1
O namoro na
adolescência
Um namoro, para
acontecer de forma positiva, precisa de vários ingredientes: a começar pela
família, que não seja muito rígida e atrasada nos seus valores, seja
conversável, e, ao mesmo tempo, tenha limites muito claros de comportamento. O
adolescente precisa disto, para se sentir seguro. O outro aspecto tem a ver com
o próprio adolescente e suas condições internas, que determinarão suas
necessidades e a própria escolha. São fatores inconscientes, que fazem com que
a Mariazinha se encante com o jeito tímido do João e não dê pelota para o herói
da turma, o Mário. Aspectos situacionais, como a relação harmoniosa ou não
entre os pais do adolescente, também influenciarão o seu namoro. Um
relacionamento em que um dos parceiros vem de um lar em crise, é, de saída,
dose de leão para o outro, que passa a ser utilizado como anteparo de todas as
dores e frustrações. Geralmente, esta carga é demais para o outro parceiro, que
também enfrenta suas crises pelas próprias condições de adolescente. Entrar em
contato com a outra pessoa, senti-la, ouvi-la, depender dela afetivamente e, ao
mesmo tempo, não massacrá-la de exigências, e não ter medo de se entregar, é
tarefa difícil em qualquer idade. Mas é assim que começa este aprendizado de
relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.
SUPLICY, Marta. A condição da mulher. São
Paulo: Brasiliense, 1984.
1. (SAEB-2007) Para um namoro acontecer de forma
positiva, o adolescente precisa do apoio da família.
O argumento que
defende essa idéia é
(A) a família é
o anteparo das frustrações.
(B) a família
tem uma relação harmoniosa.
(C) o
adolescente segue o exemplo da família.
(D) o apoio da
família dá segurança ao jovem.
Texto 2.
Quando a separação não é um trauma
A Socióloga Constance Ahrons, de
Wisconsin, acompanhou por 20 anos um grupo de173 filhos de divorciados. Ao
atingir a idade adulta, o índice de problemas emocionais nesse grupo era
equivalente ao dos filhos de pais casados. Mas Ahrons observou que eles
"emergiam mais fortes e mais amadurecidos que a média, apesar ou talvez
por causa dos divórcios e recasamentos de seus pais". (...) Outros
trabalhos apontaram paraconclusões semelhantes. Dave Riley, professor da
universidade de Madison, dividiu os
grupos
de divorciados em dois: os que se tratavam civilizadamente e os que viviam em conflito.
Os filhos dos primeiros iam bem na escola e eram tão saudáveis emocionalmente
quanto os filhos de casais "estáveis". (...)
Uma família unida é o ideal
para uma criança, mas é possível apontar
pontos positivos para os filhos de separados. "Eles amadurecem mais
cedo, o que de certa forma é bom, num mundo que nos empurra para uma eterna
dependência.”
REVISTA
ÉPOCA, 24/1/2005, p. 61-62. Fragmento.
2.
(SAEB-2007)No texto, três pessoas posicionam-se em relação aos efeitos da
separação dos pais sobre
os
filhos: uma socióloga, um professor e o próprio autor. Depreende-se do texto
que
(A)
a opinião da socióloga é discordante das outras duas.
(B)
a opinião do professor é discordante das outras duas.
(C) as três opiniões são concordantes entre si.
(D)
o autor discorda apenas da opinião da socióloga.
(E)
o autor discorda apenas da opinião do professor.
3.
Responda:
A. Que assunto é tratado no texto 1?
B.
De acordo com o texto 1, há condições
internos e situacionais na questão do namoro. O que elas determinam?
C.
De acordo com o texto 1, que pode
acontecer quando um dos parceiros vem de um lar em crise?
D. Segundo o texto 2, que pontos positivos podem
ser apontados em fihos de pais separados?
E. A que conclusão chegou o trabalho do
professor Dave Riley?
Texto 3. UECE – 2007.1 .
NOITE MADURA ESTÁ SUSPENSA
Heitor Saldanha
Minha memória é um céu que não
habito
mas onde vivo em viagem
permanente,
ela é que me revela o céu
descrito
se me perco sonhando de repente.
Às vezes é como a estrela
candente:
um rastro luminoso no infinito;
outras vezes é como um sol
morrente
que se reflete em mim quando
medito.
agora ela é teu rosto me fitando,
é teu sorriso claro proclamando
um poema que não posso conter
e cultivo esta insônia pensativa
para que tua imagem seja viva
antes que o dia venha te perder.
(“NUVEM E SUBSOLO”, editora
Leitura S.A., Rio: 1968)
4. “Minha memória é um céu que
não habito/masonde vivo em viagem permanente” (versos 01 e 02 ). Nesses versos
o poeta
A) diz algo a respeito de seu
estado de espírito.
B) mostra o seu estado mental.
C) diz que não vive na memória,
mas que a memória é parte de seu mundo.
D) afirma que a memória é o único
meio que encontra para viajar.
5. “Às vezes é como a estrela
candente” / ”outras vezes é como um sol morrente”. (versos 05 e 07).
Subentende-se desses versos que
A) a memória do poeta é luminosa
como o sol.
B) sua memória, assim como o sol,
é portadora de vida.
C) por vezes, a memória fica um pouco
obscura.
D) o poeta perdeu a memória.
6. A palavra “candente” no verso
05 tem o sentido de
A) iluminada. B) ardente.
C) ofuscante. D) decadente.
7. No poema a palavra memória
remete a
A) imaginação. B) experiências.
C) saudades. D) muitos fatos.
08.
O poema é composto a partir de duas figuras de linguagem:
A. metáfora e hipérbole
B. Sinestesia e comparação
C. comparação e hipérbato
D. Metáfora e comparação.
9.
A função da linguagem predominante no texto é:
A. emotiva B. fática
C.
apelativaD. referencial.
10. Leia os trechos abaixo, em seguida
relacione-os aos períodos literários a que pertecem:
(1) Trovadorismo (2) Humanismo
(3) Classicismo (D) Barroco.
( ) Trecho de Sermão do Mandato
(1643), de Padre António Vieira.
Estes são os poderes do tempo sobre
o amor. Mas sobre qual amor? Sobre o amor humano, que é fraco; sobre o amor
humano, que é inconstante; sobre o amor humano, que não se governa por razão,
senão por apetite; sobre o amor humano, que, ainda quando parece mais fino, é
grosseiro e imperfeito. O amor, a quem remediou e pôde curar o tempo, bem
poderá ser que fosse doença, mas não é amor. O amor perfeito, e que só merece o
nome de amor, vive imortal sobre a esfera da mudança, e não chegam lá as jurisdições
do tempo. Nem os anos o diminuem, nem os séculos o enfraquecem, nem as
eternidades o cansam (...) Notável dizer! Em todas as outras coisas o
deixar de ser é sinal de que já foram; no amor o deixar de ser é sinal de nunca
ter sido. Deixou de ser? Pois nunca foi. Deixastes de amar? Pois nunca amastes.
O amor que não é de todo o tempo, e de todos os tempos, não é amor, nem foi,
porque se chegou a ter fim, nunca teve princípio. É como a eternidade, que se,
por impossível, tivera fim, não teria sido eternidade. Disponível em: http://chrystall.livejournal.com/132379.html.
( ) “Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente,
É um contentamento descontente
( )
Ninguém:
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Que andas tu aí buscando?
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Todo
o Mundo:
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Mil cousas ando a buscar:
delas não posso achar, porém ando porfiando por quão bom é porfiar. |
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Ninguém:
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Como hás nome, cavaleiro?
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Todo
o Mundo:
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Eu hei nome Todo o Mundo
e meu tempo todo inteiro sempre é buscar dinheiro e sempre nisto me fundo. |
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Ninguém:
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Eu hei nome Ninguém,
e busco a consciência. |
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Belzebu:
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Esta é boa experiência:
Dinato, escreve isto bem. |
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Dinato:
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Que escreverei, companheiro?
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Belzebu:
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Que ninguém busca consciência.
e todo o mundo dinheiro. |
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Disponível em
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Parabéns pela iniciativa e pelo Blog. Sem exceção,TUDO sempre vai valer a pena!
ResponderExcluirpode me dizer o gabarito da atividade do texto 3 da uece ? pfv
ResponderExcluirQual é o gabarito dos textos 1 e 2?
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